Padilha: ‘Teto será aprovado por 355 a 365 votos’
Chefe da Casa Civil de Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha disse ao blog não ter dúvidas de que a proposta de emenda constitucional que institui o teto dos gastos públicos passará na Câmara com folga. Para triunfar no seu primeiro grande teste legislativo, o governo precisa obter pelo menos 308 dos 513 votos disponíveis no plenário. Pela previsão de Padilha, o teto "será aprovado por 355 a 365 votos."
O repórter conversou com Padilha pelo telefone, no final da noite deste domingo. O ministro ainda estava no Palácio da Alvorada. Participara de um jantar que Michel Temer e sua mulher, Marcela, ofereceram a deputados do condomínio governista. Otimista, o chefe da Casa Civil declarou que a aprovação da PEC ocorrerá ainda nesta segunda-feira, em sessão noturna da Câmara.
Nas palavras de Padilha, os aliados do governo saberão corresponder às expectativas dos agentes econômicos. "Será mais do que uma demonstração", disse o ministro. "O mercado já precificou isso. Toda a confiança que tem sido manifestada na capacidade de recuperação da economia é em razão de estarem acreditando que a gente vai fazer a reforma fiscal em duas partes: o ajuste das contas públicas e o ajuste da Previdência. E nós faremos."
A votação que Padilha espera ver encerrada ainda na noite desta segunda-feira não esgota o esforço do governo. Emendas constitucionais como a do congelamento dos gastos federais pecisam ser aprovadas em dois turnos. Na Câmara, o segundo turno ocorrerá na semana que vem, disse o ministro. Na sequência, a matéria seguirá para o Senado. Ali, também terá de ser apreciada um par de vezes. A propósito, Renan Calheiros, presidente do Senado, esteve no jantar do Alvorada.
Os convidados do casal Temer começaram a chegar ao por volta das 19h. Vários deputados e deputadas levaram os respectivos cônjuges. O governo repassou aos aliados dados que reforçam a necessidade de limitar a evolução dos gastos orçamentários à inflação do ano anterior. Em rápido discurso, Temer criticou os opositores da PEC do teto. Houve preocupação em demonstrar que o teto não deve rebaixar os gastos de áreas estratégicas como saúde e educação.
"Falamos para convertidos", disse Padilha, para reforçar a percepção segundo a qual os aliados do governo já não têm dúvidas quanto à necessidade de ajustar as contas governamentais. O ministro referiu-se ao parecer da Procuradoria-Geral da República, que tachou a emenda do teto de "inconstitucional", como uma manifestação corporativa. "Não vai prejudicar a aprovação", disse.
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