Silêncio de Serra é de uma eloquência gritante
Dois executivos da Odebrecht —Pedro Novis e Carlos Armando Paschoal— esmiuçaram à força-tarefa da Lava Jato a denúncia de que a empreiteira repassou R$ 23 milhões por baixo da mesa à campanha presidencial do grão-tucano José Serra, em 2010. Deram nome e sobrenome aos operadores do caixa dois: os ex-deputados Ronaldo Cezar Coelho (ex-PSDB e hoje no PSD) e Márcio Fortes (PSDB-RJ).
Procurado pela repórter Bela Megale, autora da notícia que trouxe à luz as novidades, Serra, hoje chaceler do governo Michel Temer, mandou sua assessoria dizer que "não vai se pronunciar sobre supostos vazamentos de supostas delações relativas a doações feitas ao partido em suas campanhas". Hummmmm… Reiterou que "não cometeu irregularidades."
Certos silêncios soam com uma eloquência gritante. Até os surdos compreendem a pujança do não dito. Quem se prende apenas ao que é transmitido expressamente jamais ouvirá o que é comunicado no ausente. Serra ainda não se deu conta. Mas seu não comentário o transforma numa caricatura do personagem que imagina ser.
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