Em política, a perversão passa de pai para filho
Ninguém escolhe a família em que vai nascer. Na política, demonstra a Lava Jato, além do formato do nariz os filhos herdam os maus hábitos dos pais. Vários sobrenomes frequentam o escândalo do petrolão aos pares. Por exemplo: Renan Calheiros e Renan Filho; Jáder Barbalho e Helder Barbalho, Cesar Maia e Rodrigo Maia; Romero Jucá e Rodrigo Jucá; José Agripino Maia e Felipe Maia; José Dirceu e Zeca Dirceu, Mário Negromonte e Mário Negromonte Júnior.
O fenômeno ajuda a explicar por que o melado da política escorreu até chegar à devassidão exposta na colaboração da Odebrecht. Os pais, naturalmente, não queriam encrencar os filhos. E vice-versa. A questão é que, nesse universo, a promiscuidade entre os agentes políticos e as empresas que gravitam na orbita do Estado sempre foi natural como as escamas nos peixes. Antinatural é a exposição da pilhagem que sustenta o modelo.
Entre as serventias da família está a de recordar ao indivíduo sua condição humana. Acompanhando o envelhecimento dos pais, os filhos lembram que vieram do pó e a ele voltarão. A Lava Jato talvez acelere o processo de envelhecimento das carreiras de alguns herdeiros políticos. Esqueceram de espanar o pó acumulado sobre os móveis enquanto apregoavam novidades.
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