PF procura Temer para marcar seu depoimento
A Polícia Federal procurou a defesa de Michel Temer. Pediu o agendamento de uma data para que o presidente preste depoimento como investigado. Inconformada, a defesa de Temer encaminhou ofício ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Tenta impedir o interrogatório.
Assinam o texto protocolado no Supremo os advogados Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e Gustavo Bonini Guedes. Informam o que ocorreu: "Nesta data, há poucos minutos, por meio de uma ligação ao primeiro advogado signatário, escrivã da Polícia Federal identificada como Cristiane apresentou questionamento sobre 'a data em que o Presidente poderia ser inquirido' pela autoridade policial."
Reclamam da "precipitação", já que a PF ainda nem concluiu a perícia no áudio da gravação da conversa entre Temer e o delator Joesley Batista, da JBS: "…Com o devido respeito, entende-se como providência inadequada e precipitada, conquanto ainda pendente de conclusão a perícia no áudio gravado por um dos delatores, diligência extremamente necessária diante das dúvidas gravíssimas levantadas – até o momento – por três perícias divulgadas."
Os advogaos realçam que o próprio Supremo valoriza a perícia da gravação: "Inclusive, houve reconhecimento da importância da prova pericial nos despachos de Vossa Excelência [Fachin] e da ministra-presidente [Cármen Lúcia], na medida em que determinaram a ultimação no menor prazo possível, com a apresentação de quesitos ainda no final de semana e prazo para as partes se manifestarem na sequência de sua conclusão."
De resto, os defensores de Temer sustentam que um delegado de polícia não é autoridade competente para inquirir um chefe do Executivo. "Se o Presidente da República for ouvido deverá sê-lo em ato presidido por Vossa Excelência [Fachin] ou responder por escrito quesitos adredemente elaborados." O relator da Lava Jato ainda não se posicionou sobre a petição.
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