Temer tornou-se presidente da cota do centrão
À medida que vai penetrando o caos fiscal, Michel Temer percebe aos poucos que se deixou enfeitiçar por um tipo de ilusão que Brasília não perdoa num presidente: a ilusão de que preside. Antes de ser denunciado por corrupção, Temer se vangloriava de ter uma sólida base parlamentar. Hoje, os parlamentares é que têm o presidente. A banda fisiológica do Congresso encostou a faca na jugular de Temer.
A história ofereceu a Temer uma extraordinária oportunidade. Ele não aproveitou. E acabou se transformando na oportunidade que seus aliados fisiológicos e oportunistas aproveitam. O governo fraco potencializa a política do 'quanto eu levo nisso'?, um defeito congênito de Brasília —cidade nascida de um canteiro de obras lamacento, lugar de movimentos pesados, espaço ideal para o trânsito de tratores e do 'centrão'.
Para sobreviver, Temer entregou-se ao centrão. Prestes a ser denunciado novamente pela Procuradoria, o presidente celebra um conchavo do despudor com a falta de escrúpulos. O centrão pede algo como meia centena de cargos públicos. E o presidente já começou a entregar ao grupo os cofres exigidos. O único cargo que os fisiológicos não reivindicam é o de presidente da República. Está entendido que essa poltrona já é da cota do centrão.
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