Herman Benjamin diz recear volta do financiamento empresarial: 'É vício!'
Defensor obstinado do financiamento público das eleições, o ministro Herman Benjamin, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, disse ao blog que receia a volta das contribuições empresariais de campanha. Ele enxerga um "movimento" pela ressurreição das doações privadas. É um vício, diz o ministro, comparando o dinheiro das empresas a um entorpecente que leva os usuários à dependência.
Benjamin conheceu de perto o submundo da política ao exercer a função de relator do processo sobre a cassação da chapa Dilma Rousseff—Michel Temer. Ele perscrutou provas colecionadas pela Operação Lava Jato e interrogou delatores. Hoje, declara que a simples cogitação de retomada do modelo empresarial de financiamento de campanha o apavora.
O ministro suspeita que a defesa do dinheiro privado seja motivada não por razões eleitorais, mas pela perda do biombo que encobre a corrupção política. Na sua opinião, o financiamento público elimina a justificativa para as "sobras de campanha", eufemismo para enriquecimento ilícito, muito invocado por políticos corruptos pilhados ostentando padrão de vida incompatível com a renda.
Espero que o próprio setor empresarial reaja, disse Benjamin ao blog. Senão por outra razão, pelo menos para que os empresários se libertem dos alegados achaques praticados sob o pretexto de obter contribuição eleitoral.
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