Sem rumo, o PSDB derrete na própria gordura
A disputa entre Geraldo Alckmin e João Doria pela vaga de presidenciável do PSDB revela que o tucanato derrete na sua própria gordura. Representado por Aécio Neves em 2014, o partido quase chegou ao Planalto prometendo dissolver a aliança com os corruptos, abandonar o ciclismo fiscal e recriar empregos. Hoje, Aécio é alvo de nove inquéritos, o PSDB apoia um presidente denunciado por corrupção e, em vez de dizer algo sobre o desemprego, os tucanos preferem brigar entre si.
Em artigo publicado nos jornais de domingo, Fernando Henrique Cardoso enumerou as características de um bom candidato. Escreveu que a moralidade é um requisito para que o eleitor volte a crer nos governantes. Não disse nada sobre Aécio. E talvez não tenha notado que Alckmin entra na campanha como alvo da Lava Jato e Doria se apresenta como versão pós-moderna de salvador da pátria.
Com o auxílio de um pedaço do PSDB, Michel Temer deve sobreviver no cargo. Deixará para o sucessor um rastro pegajoso de amoralidades, um rombo fiscal e um crescimento econômico medíocre. Diante desse cenário, dizer que falta um programa de governo aos tucanos é muito pouco. Falta-lhes, na verdade, a noção básica de que uma das obrigações da política é oferecer esperança.
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