João Doria perde aura de vovozinha disfarçada
Dois dados chamaram especial atenção na mais recente pesquisa feita pelo Datafolha na cidade de São Paulo. Em pouco mais de nove meses de gestão, a aprovação do prefeito João Doria despencou nove pontos percentuais —foi de 41% para 32%. A grossa maioria declara que não votaria em Doria para presidente da República de jeito nenhum: 55%. Foi como se o eleitor recordasse a Doria que ele foi eleito para ser prefeito, não presidenciável.
Aconteceu com Doria um fenômeno muito comum entre os políticos. O sujeito acha que é uma coisa, mas sua imagem indica que ele já é outra coisa. O paulistano elegeu no primeiro turno, um homem de negócios supostamente avesso à corrupção, que prometia dissolver a ineficiência da prefeitura governando em ritmo empresarial. Por ora, não colou.
Doria criou a fábula do "não-político." Mas seu comportamento fez os eleitores perguntarem para os seus botões: é ou não é um velho lobo da política, como tantos outros. Aos pouquinhos, o paulistano foi percebendo que as orelhas do prefeito são de lobo. O focinho é de lobo. Os dentes são de lobo. Ficou difícil para Doria sustentar a fantasia de que é uma vovozinha disfarçada.
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