Déficit ético marca reforma ministerial de Temer
Rendido à chantagem do chamado centrão, Michel Temer antecipou sua reforma ministerial. Anuncia para dezembro mudanças que planejava fazer apenas em março de 2018. A julgar pela movimentação observada em Brasília, será uma reforma inqualificável. Portanto, muito fácil de qualificar. O que vai acontecer não é propriamente uma troca de ministros. É uma troca de cúmplices.
Na prática, desenrola-se na Capital da República mais um grande conchavo —um conluio da falta de pudor de um presidente sem votos no Congresso com a carência de escrúpulos de partidos que se dispõem a apoiar o governo desde que seus apetites fisiológicos sejam saciados mais uma vez. Romero Jucá, líder do governo, estima que serão trocados 17 ministros.
Temer não procura os melhores ministros. Busca os ministros mais rentáveis. Não é o primeiro presidente a fazer isso. Mas é o mais impopular, o que aumenta o preço. Retirado do PSDB, o Ministério das Cidades, por exemplo, irá para o PP —é o partido com o maior número de enrolados no petrolão. Já passou pelo ministério sob Dilma. Notabilizou-se pelas irregularidades. Temer já abriu negociações com o presidente da legenda, Ciro Nogueira, que responde a inquérito por lavagem de dinheiro. Há muitos interesses envolvidos na reforma de Temer. E nenhum deles é o interesse público.
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