Maia: “Estamos muito distantes dos 308 votos”
Num instante em que Michel Temer tenta finalizar uma minirreforma ministerial que lhe permita aprovar uma minirreforma previdenciária, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que o bloco que dá apoio congressual ao governo também continua sendo uma miniatura do que seria necessário: "Nós estamos muito distantes dos 308 votos".
Para aprovar sua reforma, alterando o texto da Constituição, o Planalto precisa reunir pelo menos 308 dos 513 votos disponíveis na Câmara. Serão dois turnos de votação. A despeito das dificuldades, Maia sinalizou, em entrevista à Rádio CBN, que não jogou a toalha. "Não tenho como aferir quantos [votos] temos hoje. Mas nada que a gente não consiga resolver se nós ajustarmos a comunicação e se, junto com os deputados, a gente conseguir explicar quais são os impactos do que vai ser aprovado."
Na contramão das expectativas, Maia disse que a troca de ministros pode não resolver o problema na inanição de votos. "O importante na questão da escolha de um ministro é tirar o assunto da frente. A expectativa da nomeação gera muito mais apoio do que a nomeação em si. Você escolhe um em detrimento de vários."
Nessa matéria, declarou o comandante da Câmara, o relevante "é que reforma termine. Enquanto tiver essa especulação —troca ministro, não troca ministro, fica a pressão dos partidos da base."
Autor da indicação do deputado goiano Alexandre Baldy para o posto de ministro das Cidades, Maia declarou: "Foi uma ótima escolha, mas isso não garante o voto." Insistiu: "O que vai garantir o voto é sair dessa pauta desgastante de nomeações." Só então, acrescentou o deputado, será possível discutir adequadamente as mexidas na Previdência, mergulhando nos números.
Afora a mudança na pasta das Cidades, Temer cogita substituir o coordenador político do Planalto, Antonio Imbassahy, do PSDB. O posto é reivindicado pelo PMDB. Maia, porém, não pareceu entusiasmado com a ideia. "Acho que, na articulação política, o que a gente precisa é que o ministro esteja pronto para o diálogo conosco. O Imbassahy hoje tem diálogo com parte da base, e não tem com outra. Nada que a gente também não consiga, conversando, chegar a um entendimento e compreensão. E talvez o melhor caminho seja a manutenção do ministro."
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