Candidato condenado não existiria sem o eleitor
O PT reuniu o seu diretório nacional para reafirmar que a candidatura presidencial de Lula será mantida na base do vai ou racha. Ele será candidato mesmo com a reputação rachada por uma eventual sentença condenatória emitida pela segunda instância do Judiciário brasileiro. Lula continuará no páreo ainda que a rachadura moral o leve para a cadeia. Não há Plano B, diz a ré Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
Em discurso, Lula, com uma condenação de nove anos e meio de cadeia nas costas, reiterou que não seria candidato se fosse culpado. Em privado, ele diz ter a convicção de que será condenado em outros processos. Mas considera-se uma inocente vítima de perseguição política. Lula atingiu o ápice da perfeição. Ele mesmo comete os crimes, ele mesmo se julga e ele mesmo se absolve.
Não faz sentido pensar mal de Lula e alisar a cabeça dos eleitores. Assaltado e vilipendiado, o Brasil é presidido hoje por um denunciado criminal, cercado de ministros e aliados que não têm biografias, mas prontuários. E o primeiro colocado nas pesquisas é um condenado que flerta com a cadeia. Num cenário assim o problema não é os políticos tentarem fazer o eleitorado de idiotas. O grande problema é que eles ainda encontram material.
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