Versão de Alice no país dos espelhos convenceria mais que defesa de Lula
A história do apartamento de São Bernardo, vizinho à cobertura da família Silva, ocupado por Lula desde 2011, é feita de uma sequência de fatos extraordinários vividos por personagens ordinários. Na versão da Lava Jato, o apartamento foi presenteado a Lula pela Odebrecht. O amigo José Carlos Bumlai arranjou um laranja, Glauco Costamarques, para encenar o papel de proprietário. E a ex-primeira dama Marisa Letícia entrou em cena como hipotética locatária do imóvel.
Costamarques, o proprietário de fancaria, diz que, por cinco anos, não recebeu um níquel de aluguel. Os investigadores atestaram que não há vestígio dos pagamentos. A defesa de Lula alegou que, entre 2011 e 2015, Marisa, que já está morta, pagou o aluguel em dinheiro vivo. Nessa versão, em plena era das transações bancárias eletrônicas, madame teria movimentado R$ 189 mil em grana viva. Ai, ai, ai…
Só no final de 2015, com a Lava Jato a pino, o aluguel começou a ser pago, contou Costamarques em depoimento. No leito hospitalar, o "laranja" assinou os recibos de um ano num dia. A defesa de Lula diz que os recibos existem e que as assinaturas são reais. A força tarefa de Curitiba dispensou, por desnecessária, a perícia. O problema não é a autenticidade do papelório. A questão é que eles contam uma história que faria mais nexo se fosse contada por Alice no país dos espelhos.
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