PSDB se viciou em perder, afirma Arthur Virgílio
Postulante à vaga de presidenciável do PSDB, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, acusa seu rival, o governador paulista Geraldo Alckmin, de "boicotar" a seleção interna do partido. O processo que desaguaria nas prévias tucanas "deveria ter começado há quatro meses", diz Virgílio. Mas a campanha para mobilizar os filiados da legenda foi protelada para depois do Carnaval. E a quantidade de debates deve ser reduzida de dez para apenas um.
"Esbarro na plutocracia em que se transformou o PSDB", declarou Arthur Virgílio. "Um nome do Norte ou do Nordeste não serve" para representar o partido numa disputa presidencial. "A plutocracia prefere perder para um igual a se arriscar a vencer com quem poderia significar mudança verdadeira e de limites imprevisíveis."
Virgílio considera uma "desonestidade intelectual" a suposição de que ele não conseguiria amealhar nas pesquisas eleitorais índices de intenção de voto mais vistosos do que os que foram atribuídos pelo Datafolha a Alckmin: de 6% a 11%, dependendo do cenário. "O fato é que o PSDB se viciou em perder", cutucou o prefeito. "É um partido cheio de fantasmas, que teme enfrentar os fantasmas que criou."
O rival doméstico de Alckmin ironizou os correligionários que o acusam de "atrapalhar" o projeto presidencial do governador de São Paulo. "Se eu não existisse ele pularia para 40% nas pesquisas?", indagou Virgílio, antes de construir um raciocínio inverso: "Não seria o Alckmin a me boicotar com sua deliberada indecisão sobre prévias amplas, debates, pré-campanha pelo Brasil, que deveria ter começado há quatro meses?"
As críticas de Virgílio a Alckmin seguem uma escalada desde que seu rival acumulou a condição de candidato ao Planalto com a função de presidente nacional do PSDB. No início de dezembro, o prefeito endereçou uma carta ao governador. Nela, lançou um desafio: "Enfrente-me." Na semana passada, em conversa com o blog, Virgílio referiu-se a Alckmin como "coveiro do PSDB."
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