‘Caso será acompanhado por mim’, diz Jungmann sobre vereadora assassinada
"Esse caso será acompanhado pessoalmente por mim", disse o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL. Ela foi morta a tiros, na noite passada, no centro do Rio de Janeiro. O motorista que a acompanhava, Anderson Pedro Gomes, também foi morto. Em conversa com o blog, já na madrugada desta quinta-feira (15), Jungmann disse como pretende tratar o crime: "Considero como um caso da minha jurisdição".
O ministro relatou as primeiras providências que adotou: "Telefonei para o doutor Rogério Galloro, diretor-geral da Polícia Federal. Avisei a ele que colocaria a PF à disposição para atuar no caso. Em seguida, liguei para o general Braga Neto [chefe da intervenção federal na segurança pública do Rio]. Disse a ele que pode acionar a Polícia Federal a qualquer tempo. O general me disse que a Polícia Civil já cuidava da investigação. Avaliaremos a situação."
Jungmann contou que telefonou também para o amigo Chico Alencar, deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro. "Prestei minha solidariedade, relatei as providências que estavam em andamento e disse que acompanharia pessoalmente o caso." Nesta quinta-feira, Jungmann estará em Fortaleza. "O Ceará vive uma situação similar à do Rio", afirmou. "Estamos implantando lá um centro integrado de inteligência. Mas permanecerei em contato com o Rio."
O blog apurou que as autoridades de segurança do Rio trabalham com a hipótese de que a vereadora tenha sido executada. Indagado, Jungmann preferiu não fazer comentários. Disse que o caso é tão sério que é melhor "não se antecipar ao resultado das investigações."
Os tiros foram disparados contra o carro em que se encontrava Marielle na Rua Joaquim Palhares, região central do Rio, perto da prefeitura da cidade. A vereadora era socióloga, humanista, respeitada por sua militância em defesa das comunidades cariocas. Fazia restrições à intervenção na segurança do Rio. Criticava com acidez as ações policiais que considerava abusivas ou criminosas.
Na véspera do seu fuzilamento, Marielle havia postado no Twitter: "Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.