Sessão sobre Lula faz do STF caso de Procon
Aos olhos da plateia, o julgamento parecia simples. Lula pediu para não ser preso depois que o TRF-4 rejeitar os últimos recursos contra sua condenação, o que vai acontecer na segunda-feira. E o Supremo responderia que todos são iguais perante a lei. Mas o Supremo decidiu que quer decidir, mas que só decidirá em 4 de abril. E enquanto ele não decide, o TRF-4 e Sergio Moro estão proibidos de decidir mandar Lula para a cadeia, conforme o Supremo havia decidido três vezes em 2016 que podia ser feito. Com tudo isso, ficou decidido que, equanto o Supremo não decide, Lula passará a Páscoa com os netos.
A sessão do Suprmeo demorou mais de quatro horas. Qual é o custo disso? Não sai barato. Afora os salários dos 11 atores principais, você aplica muito dinheiro nesse show. Você paga o palco, a iluminação, o som, o cafezinho e a TV para transmitir o espetáculo. Você também financia toda a estrutura oferecida aos magistrados para se preparar —o gabinete, os assessores, o transporte, o computador, o papel e a tinta da impressora, o diabo.
Pelo regimento do Supremo, o julgamento de quinta-feira deveria ter entrado pela noite para que se tivesse chegado a um veredito decente. Mas um ministro tinha avião marcado. Outro tinha compromisso. Poderiam ter adiado para esta sexta. Ou para a semana que vem. Mas a sexta-feira é sagrada e a próxima semana é santa, com um feriadão hipertrofiado. Não sei quanto a você. Mas tem gente cogitando, data vênia, recorrer ao Procon. O brasileiro adora anedotas, mas nem todo mundo se dispõe a pagar pora ter uma piada como Suprema Corte.
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