Cresce no DEM incômodo com projeto de Maia
Lançada há 19 dias, a candidatura do presidente da Câmara Rodrigo Maia ao Palácio do Planalto ainda não empolgou nem o DEM. Um pedaço da legenda do candidato enxerga na iniciativa um projeto pessoal, não partidário. Na expressão de um cardeal do partido, o DEM corre o risco de "perder ativos e acumular passivos" na campanha de 2018. Nessa versão, o próprio Maia amargaria parte do prejuízo.
Na contabilidade feita pelo grupo que se opõe à candidatura de Maia, o DEM já "perdeu" para o PSD de Gilberto Kassab a posição de vice na chapa de João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo. Pode perder também a "oportunidade" de indicar o candidato a vice do presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
De resto, a ala do DEM que torce o nariz para as pretensões presidenciais de Maia receia que ele acabe negligenciando o que deveria ser o seu "projeto prioritário": a reeleição à Câmara, com uma articulação que o reconduzisse à poltrona de presidente da Casa no biênio 2019-2020. O receio é o de que partidos do chamado centrão se juntem para tentar assumir o comando da Câmara, sem intermediários.
É improvável que Rodrigo Maia se retire da raia presidencial antes do meio do ano, quando os partidos terão de confirmar seus candidatos em convenções. Mas a coreografia interna do DEM revela que uma ala nada desprezível da legenda enxerga na movimentação do deputado uma certa perda de tempo.
– Atualização feita às 21h13 desta terça-feira (27): O deputado Rodrigo Garcia (SP), líder do DEM na Câmara e coordenador da campanha de Rodrigo Maia enviou nota ao blog. Vai abaixo a íntegra:
A candidatura de Rodrigo Maia à Presidência da República tem ganho adeptos, crescimento que tem ultrapassado as fileiras do Democratas e angariado força entre nomes de outros partidos.
Rodrigo Maia tem palanque forte em vários Estados. De forma democrática, a formação dos palanques estaduais foi liberada, independentemente da campanha presidencial.
No caso específico de São Paulo, decidimos esperar por um cenário mais consolidado para, então, definirmos os caminhos que o Democratas seguirá nestas eleições de 2018. O DEM vai definir seu caminho político em São Paulo nas convenções de julho, momento certo para este tipo de decisão."
Rodrigo Garcia, líder do Democratas na Câmara
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