Fachin não quis inquérito da PF sobre ameaças
O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, conversou pelo telefone com o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin sobre as ameaças feitas a seus familiares. Colocou duas equipes à disposição —uma para fazer a análise dos riscos a que estão submetidos os familiares do ministro; outra para abrir um inquérito. Fachin agradeceu muito. Mas recusou a oferta. Alegou que a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, já tomara as providências necessárias.
Ao blog, o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública), a quem a Rogério Galloro está subordinado, disse que a Polícia Federal continua à disposição de Fachin. Mas esclareceu que, sem uma "representação" do magistrado, não há como iniciar uma investigação.
As ameaças a familiares de Fachin tornaram-se públicas por iniciativa do próprio ministro. Em entrevista ao repórter Roberto D'Ávila, o relator da Lava Jato e do habeas corpus de Lula no Supremo disse: "Uma das preocupações que tenho não é só com julgamentos, mas também com a segurança de membros da minha família. Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas a membros da minha família".
Fachin relatara sua inquietação a Cármen Lúcia, a presidente do Supremo. Mas soou como se estivesse insatisfeito com as providências adotadas por ela: "Nem todos os instrumentos foram agilizados, mas eu efetivamente ando preocupado com isso, e esperando que não troquemos fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema"
A entrevista foi ao ar na terça-feira, na GloboNews. No mesmo dia, o diretor-geral Galloro contactou o ministro. Mas Fachin não hesitou em refugar a oferta de agentes federais e de abertura de um inquérito. Nesta quarta-feira, entidades corporativas de juízes e dos procuradores da República soltaram comunicados para repudiar as ameaças e cobrar rapidez nas investigações que Fachin não quis que a PF fizesse. Decerto a equipe de segurança do Supremo providenciará as respostas.
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