Recandidatura de Temer fica com cara de piada
O aprofundamento da investigação sobre portos, que levou para a cadeia os últimos amigos de Michel Temer sem foro privilegiado que ainda estavam soltos, tem duas consequências políticas imediatas: a candidatura do presidente à reeleição, que parecia uma brincadeira, virou uma piada. Um pacote de 15 medidas econômicas que o governo enviara ao Congresso para compensar a falta da reforma da Previdência vai para o gavetão das pendências legislativas.
Um detalhe potencializa o novo drama de Temer. As prisões dos amigos do presidente e dos empresários sob investigação foram requisitadas não pela Polícia Federal, mas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela foi escolhida para comandar o Ministério Público Federal pelo próprio Temer, que já não pode fazer pose de perseguido político.
Há no forno uma massa de indícios com potencial para a produção de uma terceira denúncia criminal contra o presidente da República. Mas Temer se comporta como Alice no comando de um país das maravilhas. Alheio às investigações, ele disse que seus oponentes terão de fazer "malabarismo" para atacar o governo na campanha eleitoral. Vão ter que dizer que são contra coisas como teto de gastos, reforma do ensino médio e inflação baixa, disse Temer. Bobagem. Quem quiser atacar Temer só precisa dizer que é contra a corrupção.
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