Gilmar solta mais 4 que Bretas mandara prender
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo, complementou nesta sexta-feira uma empreitada que iniciara na terça ao libertar Milton Lyra, operador do MDB nos desvios de fundos de pensão. O magistrado estendeu a providência a outros quatro investigados, abrindo as celas de Marcelo Sereno, Adeilson Ribeiro Telles, Carlos Alberto Valadares Perereira e Ricardo Siqueira Rodrigues.
Sereno é ex-secretário nacional de comunicação do PT e assessorou José Dirceu na Casa Civil, no primeiro mandato de Lula. Ribeiro Telles atuou no Postalis, fundo de pensão dos Correios. Valadares Pereira era do Serpro, empresa estatal de tecnologia da informação. E Siqueira Rodrigues é identificado nos autos como operador do mercado financeiro.
Todos haviam sido presos no mês passado, na Operação Rizoma, que apura desvios de recursos dos fundos de pensão. Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio. Gilmar substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares. Coisa leve: os acusados não poderão conversar entre si. E estão proibidos de deixar o país.
Na semana passada, a procuradora-geral da República Raquel Dodge enviara um parecer para Gilmar Mendes. No texto, posicionara-se contra a libertação de Milton Lyra, que puxou a fila. Para Dodge, o encarceramento de Lyra e dos demais justiçava-se por três razões: "Assegurar a ordem pública, a aplicação da lei penal, além de resguardar a investigação criminal". Gilmar deu de ombros.
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