Renan prevê que Meirelles não será candidato
No serpentário do MDB, a candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto é vista como uma iniciativa natimorta. O personagem dispõe de dois meses para demonstrar alguma viabilidade eleitoral. Seus aliados ruminam muitas dúvidas. Os adversários cultivam a certeza de que o nome do ex-ministro da Fazenda não será avalizado pela convenção nacional do partido. O senador alagoano Renan Calheiros, que tenta a reeleição escorado em Lula, inaugurou o coro anti-Meirelles.
"O presidente da República, que tinha 1% nas pesquisas, anunciou a retirada da sua candidatura e colocou no seu lugar o ex-ministro da Fazenda, que levou o país a essa situação", disse Renan, no microfone do plenário do Senado. "Não acredito que o PMDB homologue uma candidatura como essa, porque a candidatura do Meirelles vai rebaixar o PMDB em todos os Estados. […] Essa pré-candidatura não vai passar do 'pré', pelas maldades que ao longo desses meses eles têm conseguido fazer com o povo brasileiro".
Ao discursar no evento em que declarou apoio a Meirelles, Michel Temer mostrou a porta de saída aos descontentes: "Nós nos gabamos por sermos um partido democrático. Tudo bem. Por isso é que conseguimos essa unidade absoluta. Temos que aproveitar a campanha eleitoral para mostrar a unidade. Vamos parar com essa história de eu não apoio o Meirelles. Dizer: 'Ah, eu não apoio o Meirelles?' Saia do partido! Temos que ter unidade absoluta, não podemos contemporizar. O povo brasileiro está atento."
Renan deu de ombros. Queixou-se dos efeitos da radioatividade do governo Temer sobre o partido. Segundo ele, deixaram o MDB sete senadores e 15 deputados federais. Meirelles logo se dará conta de que prever o resultado da convenção do partido é quase tão difícil quanto antecipar o comportamento do PIB.
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