Sem candidato, 41% mantêm a sucessão aberta
O Ibope informa que a taxa de eleitores sem candidato ao Planalto é notável: 41%. Esse bloco divide-se entre os 33% que planejam desperdiçar o voto (brancos ou nulos) e os 8% que não têm ideia do que fazer com ele (não sabem ou não responderam). Os dados revelam que, a apenas quatro meses da eleição, a disputa pela poltrona de presidente da República está aberta.
A pesquisa mostra que o quadro é estacionário. Na liderança, o ficha-suja Lula (33%) deve ser excluído da urna pela Justiça Eleitoral. No cenário sem o pajé petista, Jair Bolsonaro (17%) e Marina Silva (13%) aparecem estatisticamente empatados. A sondagem tem margem de erro de dois pontos. Assim, se ele estiver no piso da margem e ela no teto, os dois estarão juntos na casa dos 15%.
Abaixo da dupla, surgem, também em situação de empate, Ciro Gomes (8%) e Geraldo Alckmin (6%). Segue-se um bololô de candidatos que, se serve para alguma coisa, é para demonstrar que o processo eleitoral está prestes a ser depurado. A lógica indica que a lista de presidenciáveis vai murchar —até por uma questão de sobrevivência.
A depuração é um imperativo político-monetário. O acesso dos partidos às verbas públicas do Fundo Partidário e à vitrine da propaganda no rádio e na TV é definido pelo tamanho das bancadas na Câmara. E as legendas, privadas das contribuições empresariais, vão priorizar a eleição para o Legislativo. A maioria não cogita esbanjar a verba do fundo eleitoral na campanha de presidenciáveis sem viabilidade eleitoral.
O cenário será outro em 6 de agosto, quando termina o prazo para a realização das convenções partidárias. Os franco-atiradores e os neófitos da campanha presidencial serão lançados ao mar. Em 15 de agosto, expira o prazo para o registro das candidaturas no TSE. E a Justiça Eleitoral terá de se manifestar sobre a inelegibilidade de Lula.
Até lá, o mercado das urnas se baseará mais em expectativas do que em fatos. E a expectativa, até o momento, é de uma eleição marcada pela falência do sistema político. Uma disputa em que mais de 40% do eleitorado não consegue enxergar uma porta de saída na antessala da eleição. Lula está empatado com os 33% de brancos e nulos. Sem ele, os candidatos que sobram estão abaixo desse patamar.
Na sucessão de 2014, pesquisa do Ibope computava apenas 8% de votos brancos e nulos na altura do mês de junho. Quer dizer: aumentou sensivelmente a taxa de indefinição. Eis a verdade insofismável: o grande protagonista de 2018 é o caldeirão em que se misturam os eleitores raivosos e desalentados. Os candidatos que sobrarem na pista terão de rebolar para conquistar essa gente. Vão abaixo os dados da pesquisa:
Cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva:
– Jair Bolsonaro (PSL): 17%
– Marina Silva (Rede): 13%
– Ciro Gomes (PDT): 8%
– Geraldo Alckmin (PSDB): 6%
– Álvaro Dias (Podemos): 3%
– Fernando Collor de Mello (PTC): 2%
– Fernando Haddad (PT): 2%
– Flávio Rocha (PRB): 1%
– Guilherme Boulos (PSOL): 1%
– Henrique Meirelles (MDB): 1%
– João Amôedo (Novo): 1%
– Levy Fidelix (PRTB): 1%
– João Goulart Filho (PPL): 1%
– Manuela D' Ávila (PC do B): 1%
– Rodrigo Maia (DEM): 1%
– Outro com menos de 1%: 1%
– Branco/nulo: 33%
– Não sabe/não respondeu: 8%
Cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva:
– Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 33%
– Jair Bolsonaro (PSL): 15%
– Marina Silva (Rede): 7%
– Ciro Gomes (PDT): 4%
– Geraldo Alckmin (PSDB): 4%
– Álvaro Dias (Podemos): 2%
– João Amoêdo (Novo): 1%
– Manuela D'Ávila (PC do B): 1%
– Fernando Collor de Mello (PTC): 1%
– Flávio Rocha (PRB): 1%
– Levy Fidelix (PRTB): 1%
– João Goulart Filho (PPL): 1%
– Outros com menos de 1%: 2%
– Branco/nulo: 22%
– Não sabe/não respondeu: 6%
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