Centrão exige até o retorno do imposto sindical
São insaciáveis, como se sabe, os apetites do centrão. A ressurreição do imposto sindical é um dos interesses levados à mesa na negociação do apoio a Geraldo Alckmin (mais provável) ou a Ciro Gomes. Deve-se a exigência ao deputado Paulinho da Força, chefe do Solidariedade, uma das legendas que integram o grupo, ao lado de PR, PP, DEM e PRB.
O imposto sindical obriga trabalhadores a entregarem um dia de trabalho para os sindicatos. A obrigatoriedade foi extinta pelo Congresso na votação da reforma trabalhista do governo Temer. Cacique da Força Sindical, Paulinho e sua tribo querem restabelecer a teta. Com isso, continuariam desobrigados de prestar serviços cuja qualidade estimule o trabalhador a levar a mão ao bolso voluntariamente.
A Procuradoria e a Polícia Federal revelaram na Operação Registro que o Solidariedade, partido de Paulinho, era sócio do PTB no balcão em que operava a quadrilha de venda de registros de sindicatos no Ministério do Trabalho. Numa única transação, o documento saiu por R$ 4 milhões.
Não é difícil compreender as razões que levam Paulinho a pegar em lanças pela volta do imposto sindical. Entre elas não está a defesa dos interesses dos trabalhadores, dos quais 13 milhões encontram-se no olho da rua. Mas muitos eleitores talvez considerem imcompreensível que os candidatos que cortejam o apoio do centrão dêem asas à desfaçatez.
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