Bolsonaro introduz o imponderável no 1º debate
Vai ao ar na noite desta quinta-feira, na TV Bandeirantes, o primeiro debate presidencial de 2018. A ausência de Lula e o nanismo de Alckmin fizeram desaparecer o pano de fundo que decorou o estúdio da emissora nas últimas seis disputas presidenciais: a polarização tucano-petista. Desfeito momentaneamente o velho Fla-Flu, o centro das atenções tende a ser Bolsonaro. Novidade com cheiro de naftalina, o líder das pesquisas é um típico político brasileiro —grosso modo falando. Por isso, seu protagonismo injeta no debate o imponderável. Se for cutucado com o pé, Bolsonaro vai morder.
A corrida presidencial está envolta numa conjuntura que estimula o debate. Três contingências eletrificam a atmosfera: 1)Quem dita o rumo da disputa é o eleitor sem candidato. A dois meses da eleição, o pedaço desalentado do eleitorado soma um terço. Coisa inédita. 2) Caiu a taxa de marquetagem. A Lava Jato enxugou o caixa dois; 3) Com Lula na cadeia, não há candidatos favoritos na praça. Quem quiser conquistar a poltrona de presidente da República terá de molhar a camisa.
Alckmin tem todas as razões para alvejar os calcanhares de vidro de Bolsonaro. O capitão rouba-lhe votos até em São Paulo, berço do tucanato. O problema é que o ataque nunca foi o forte do candidato tucano. E a defesa passou a ser o seu ponto fraco. Alckmin toca trombone sob um imenso telhado de vidro. Constrangeria Bolsonaro se tivesse a oportunidade de inquiri-lo sobre temas como economia, saúde e educação. Mas se arriscaria a ouvir uma réplica sobre Dersa, Rodoanel e Odebrecht.
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