FHC e Lula divergem sobre a ruína que aproximou PSDB e PT no mesmo lixão
Os caminhos da política são tortuosos. Em 1978, Lula distribuía nas portas de fábrica panfletos de um candidato ao Senado: Fernando Henrique Cardoso. Nessa época, os dois conversaram sobre a formação de um partido. Divergiram. FHC abrigou-se na ala esquerda do MDB. Lula decidiu fundar o PT. Decorridos 40 anos, Lula e FHC levam suas divergências para as páginas da imprensa estrangeira. Um apresentou-se como perseguido político em artigo para o New York Times. O outro escreveu no Finantial Times que o Brasil merece mais respeito.
A história reuniu Lula e FHC em muitos momentos: na campanha pelas diretas e no impeachment de Collor, por exemplo. Mas jamais foram capazes de se juntar no poder. No exercício da Presidência, FHC e Lula preferiram se aliar ao arcaico em vez de descobrir juntos um caminho qualquer que levasse à modernidade. Deu no que está dando.
Num texto para americano ver, Lula escreveu que está em curso no Brasil um golpe de direita para impedir que ele dispute as eleições. Na réplica, FHC desmentiu o sucessor. Anotou que Lula não é um caso único. Há políticos de todos os partidos na cadeia. Referiu-se à limpeza como algo necessário. São mesmo tortuosos os caminhos da política. O Brasil talvez fosse outro país se PT e PSDB tivessem se unido contra o lixão da política em vez de se aliar ao rebotalho.
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