Marina mira eleitoras, ponto fraco de Bolsonaro
Marina Silva refinou sua estratégia de campanha para capitalizar a boa repercussão das estocadas que deu em Jair Bolsonaro no debate da Rede TV!, há quatro dias. A presidenciável da Rede dedica especial atenção ao eleitorado feminino. Esse nicho, que concentra a maioria absoluta (52%) do eleitorado brasileiro, tornou-se um ponto fraco de Bolsonaro. Entre as mulheres, o capitão amealha apenas metade dos votos que consegue seduzir no eleitorado masculino.
No debate, Marina se contrapôs à tese de Bolsonaro segundo a qual um presidente não deve se meter na polêmica sobre a disparidade salarial ainda existente entre homens e mulheres. Ela também questionou a pregação do rival a favor da liberação do porte de armas. "Você acha que pode resolver tudo no grito", disse (reveja abaixo). Desde então, Marina afaga nas redes sociais o ego do pedaço feminino do eleitorado.
Nesta segunda-feira, dia em que o Jornal Nacional começou a levar aos lares brasileiros o "dia dos candidatos", Marina cuidou de aproveitar a nova janela em toda a sua extensão. Exibiu-se para as lentes do telejornal de maior audiência em dois eventos. Após encontrar-se com empresários, em São Paulo, voou para Fortaleza. Ali, visitou Maria da Penha, a personagem que dá nome à lei que pune as agressões domésticas praticadas contra mulheres.
Marina apareceu no horário nobre da TV recebendo de Maria da Penha, no instituto que leva o seu nome, uma carta que cobra dos presidenciáveis medidas para melhorar a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência. Subscreveu o documento. E declarou que, eleita, ampliará a rede de proteção às mulheres. Mencionou a intenção de criar centros de referência nos municípios.
Sobre o capitão, a apresentadora Renata Vasconcelos, que divide a bancada com William Bonner, noticiou: "O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, passou o dia em casa, no Rio de Janeiro. Segundo a assessoria, Bolsonaro não teve nenhuma atividade de campanha nesta segunda." Para um candidato que dispõe de apenas oito segundos no horário eleitoral, desprezar uma aparição num telejornal colado na novela é coisa de amador.
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