Em 2018, os sem-TV testam o poder da internet
O TSE confirmou o tempo que cada presidenciável terá para vender o seu peixe no horário eleitoral. Escancarou-se o paradoxo: Alckmin, sem voto, dispõe do maior latifúndio eletrônico da temporada: 5 minutos e 32 segundos de propaganda no rádio e na TV. Bolsonaro, primeiro colocado nas pesquisas sem Lula, terá 8 segundos —mal dá para dizer o nome. Nesse mato, quem não tem TV caça com a internet.
De acordo com levantamento do Ibope, 70% do eleitorado ainda se informa por meio da TV. Mas a proliferação dos celulares transformou a internet no segundo canal de acesso das pessoas às informações sobre política. A exemplo de Bolsonaro, candidatos como Marina (21 segundos) e Ciro (38 segundos) também terão derramar suor nas redes sociais para compensar o nanismo eletrônico.
As perguntas que boiam na atmosfera são: A TV ajudará gente sem voto como Alckmin a decolar? A internet será suficiente para impedir a desidratação de gente como Bolsonaro? O embate TV versus celular ganhou em 2018 uma dimensão que não teve em nenhuma outra eleição. O eleitor brasileiro já deu demonstrações de que, com boa propaganda, acredita até em ovo sem casca. Resta saber que peso terá cada meio na difusão das mensagens.
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