Bolsonaro vai virando sparring do segundo turno
A nova pesquisa do Ibope retrata um duplo favoritismo de Jair Bolsonaro. Com 22% das intenções de voto, o capitão continua com um pé no segundo turno. Mas vai ganhando a aparência de candidato favorito a fazer do seu adversário no segundo turno o próximo presidente do Brasil.
Bolsonaro lidera o ranking da rejeição: 44% dos eleitores afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. Esse índice faz do capitão o adversário dos sonhos de todos os seus rivais, uma espécie de sparring. Perderia no segundo round para Ciro Gomes (44% a 33%), Geraldo Alckmin (41% a 32%) e Marina Silva (43% a 33%).
Hoje, no seu melhor cenário, Bolsonaro empata tecnicamente com Fernando Haddad: amealha 37%, contra 36% atribuídos ao estepe de Lula, que ainda nem teve a candidatura formalmente lançada pelo PT.
Para desassossego de Bolsonaro, todos os seus adversários têm índices de rejeição bem menores que os dele: Marina (26%), Haddad (23%), Alckmin (22%) e Ciro (20%). E o candidato do PSL exibe na campanha um discurso que favorece a divisão, não a soma. É útil para solidificar o apreço dos convertidos. Revela-se ineficiente, porém, na atração de novos adeptos.
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