Facada em Bolsonaro fere a própria democracia
Não é banal a facada desferida contra o presidenciável Jair Bolsonaro num ato de campanha, na cidade de Juiz de Fora. Numa época em que a política brasileira vive a tensão dos radicalismos insensatos, o acontecimento fere a própria democracia. Trata-se de um momento de treva injetado num processo eleitoral que deveria representar um novo alvorecer. O fato produzirá consequências políticas.
A Polícia Federal informou em nota que o agressor foi preso. Não cabe no momento outra providência senão a de apurar com rigor as circunstâncias do crime e punir o criminoso. Mesmo numa democracia debilitada, a melhor resposta para os surtos de radicalismo é mais democracia. Num regime em que as liberdades públicas são plenas, um candidato tem todo o direito de ostentar um discurso virulento sem sofrer atos de violência.
Até aqui, apenas Lula fazia pose de vítima na cena eleitoral. O agressor de Bolsonaro produziu uma segunda vítima no extremo oposto. A um mês das eleições, a novidade tem potencial para influir na campanha. Pode elevar a taxa de intenção de votos de Bolsonaro, estimada pelo Ibope em 22%. Mas também pode estimular o aumento do índice de rejeição do candidato (44%) se a maioria do eleitorado enxergar no episódio uma evidência de que o Brasil precisa se reencontrar com a tolerância.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.