Fernando Haddad cria no JN a autocrítica a favor
Recessão? Desemprego? Culpa da sabotagem do PSDB e das pautas explosivas que Eduardo Cunha detonou no Legislativo. Delações? Ora, elas atingiram também tucanos, emedebistas, pepistas… A maioria aliados ao PT, insistiu Renata Vasconcelos. E da oposição também, reagiu Haddad, como se a delinquência dos sujos anulasse a roubalheira dos mal lavados.
No trecho final da entrevista, Haddad atingiu o ápice da sofisticação retórica. Ao justificar o fiasco eleitoral de 2016, quando disputou a reeleição à prefeitura de São Paulo, o poste de Lula ergueu com suas desculpas um monumento autocrítico, uma espécie de Arco da Derrota. Justificou a vitória do tucano João Doria no primeiro turno com o seguinte lero-lero:
"…2016 foi um ano muito atípico na cidade de São Paulo, o clima que se criou no Brasil, de antipetismo, porque se represou informações sobre os demais partidos, foi enorme. E o que aconteceu em 2016? O Temer assumiu a Presidência da República e o Tasso Jereissati, ex-presidente tucano, admitiu ontem em entrevista, que o maior erro do PSDB foi ter contestado as eleições de 2014, foi ter aprovado pautas-bomba contra o governo da Dilma e ter embarcado no governo Temer."
Ao constatar que o entrevistado estava disposto a tudo, menos a reconhecer as próprias deficiências, os entrevistadores quiseram saber se o erro foi do eleitor paulistano. E Haddad: "O eleitor foi induzido a erro." Na manhã deste sábado, ao escovar os dentes, o pupilo de Lula pode ser surpreendido por uma voz vinda de dentro do espelho: "Olá, candidato, eu sou a autocrítica. Vim apresentar você a você mesmo."
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