Bolsonaro e Haddad redescobrem a Constituição
Nas suas primeiras manifestações públicas como rivais no segundo turno da corrida presidencial, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad se esforçaram para retirar o que há de mais tóxico nas suas respectivas candidaturas. Ambos se comprometeram a respeitar a Constituição. Bolsonaro chegou mesmo a dizer que será "escravo" do texto constitucional.
A notícia é alvissareira por um lado e desalentadora por outro. Anima porque é sempre bom saber que o próximo presidente da República, seja quem for, não rasgará a Constituição. Desanima porque isso deveria ser uma obviedade. Deixou de ser porque o vice de Bolsonaro, general Mourão, defendeu o autogolpe e a feitura de uma nova Constituição por uma comissão de notáveis. E o programa do PT incluiu a convocação de uma nova Constituinte.
Bolsonaro desautorizou o vice, tachando sua manifestação de "canelada". Disse que falta "tato e vivência política" ao general. Cabe perguntar: e quanto à falta de tato de alguém que escolhe um personagem tão precário para vice?
Haddad disse que reviu sua posição sobre a Constituinte. Ótimo. Mas o programa do PT foi feito agora, sob a coordenação do próprio Haddad. Mudou por convicção ou por conveniência?
Nesse mano a mano do segundo turno, o eleitor deve se ligar nos detalhes se não quiser confundir um certo candidato com o candidato certo.
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