Bolsonaro sofre primeira derrota antes da posse
O aumento para os ministros do Supremo produz um efeito cascata que se estende da União para os Estados. Quando sobem, os contracheques das togas da Suprema Corte levam junto as remunerações de legiões de servidores, dentro e fora do Poder Judiciário. Os próprios congressistas já tramam um auto-reajuste. Num cálculo otimista, estima-se que a conta custará cerca de R$ 4,5 bilhões por ano. Numa conta pessimista, a coisa passa de R$ 6 bilhões anuais.
Levantamento feito pela Consultoria de Orçamento do Senado em 2017 revelou que a concessão de reajuste para os ministros do Supremo poderia empurrar para a ilegalidade as folhas salariais de tribunais de Justiça de pelo menos sete Estados. Incluindo-se na análise o Ministério Público e os tribunais de contas estaduais, o risco de desrespeito aos limites legais para despesas com salários pode se repetir em 17 Estados.
A sessão sindical do Senado foi ofensiva e assustadora. Insultou porque tripudiou sobre o drama dos 12,7 milhões de brasileiros que estão no olho da rua. Espantou porque a União está quebrada.
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