Diplomado, Bolsonaro precisa mostrar serviço
A cerimônia de diplomação de Jair Bolsonaro e do seu vice, o general Hamilton Mourão, marca uma nova fase da transição de governo. Funciona mais ou menos como numa formatura universitária, em que os alunos recebem o canudo que os habilita a buscar trabalho nas respectivas áreas. No caso de Bolsonaro e Mourão, o diploma é um convite para que comecem a mostrar serviço ao povo brasileiro, o grande patrão de ambos.
Em seu discurso, Bolsonaro resumiu bem o que o brasileiro deseja banir do seu cotidiano. Por exemplo: a corrupção, a violência, a manipulação ideológica e a mediocridade que trava o desenvolvimento. Bolsonaro também sintetizou com precisão o que se espera dele: "Nossa obrigação é oferecer um Estado eficiente, que faça valer a pena os impostos pagos pelo contribuinte", ele declarou
De resto, é importante notar que Bolsonaro fez duas afirmações que, embora sejam protocolares, tornaram-se indispensáveis num país que saiu das urnas rachado. Disse que governará para os 210 milhões de brasileiros. E realçou: "Nosso compromisso com a soberania do voto popular é inquebrantável." Ou seja: nada de aventuras autoritárias.
O brasileiro é otimista entre o Natal e o Carnaval. Natural que a posse do novo governo, em 1º de janeiro, ocorra sob atmosfera de otimismo. Mas convém não exagerar. A julgar pela desarrumação verificada no barracão da transição, Bolsonaro entrará na avenida de 2019 com um samba-enredo desafinado.
A comissão de frente não se entende sobre o essencial. Reforma da Previdência fatiada ou completa? Por ora, não há votos no Congresso para aprovar nem uma coisa nem a outra. Ao fundo, ouve-se a bateria do Coaf, que encosta na família Bolsonaro o barulho de movimentações bancárias atípicas. Coisas que destoam da fome de limpeza que move a arquibancada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.