Filho propaga vídeo com baixarias de Bolsonaro
Não foi ninguém da oposição. Foi o vereador Carlos Bolsonaro, chamado pelo pai-presidente de "meu pitbull", quem difundiu nas redes sociais vídeo com uma coletânea de baixarias pronunciadas por Jair Bolsonaro. Em meio a palavrões, o novo presidente da República ensina na peça que "assaltante precisa é de pancada", revela o seu desejo de que "matassem 200 mil vagabundos" e exibe para a câmera uma camiseta onde se lê: "Direitos humanos: esterco da bandidagem."
Carlos Bolsonaro, o 'Zero Dois' da linhagem do capitão, trombeteou o vídeo no contexto do anúncio feito pelo pai, também nas redes sociais, de que garantirá por decreto "a posse de arma de fogo para cidadãos sem antecedentes criminais." Em tom de deboche, Carlos anotou acima do vídeo: "A esquerdalha chora."
O fundo musical da peça é Tropa de Elite. "Se matar alguém, foda-se", diz Jair Bolsonaro ao discorrer sobre a atividade policial. Ao comentar o ambiente inóspito das cadeias, ele pontificou: "É só você não estuprar, não sequestrar, não praticar latrocínio que você não vai pra lá, porra!"
Numa cena na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Bolsonaro ralhou: "Os senhores não estão preocupados com segurança pública, agindo como mocinhas, como maricas." Noutro trecho, defendeu que policiais devem passar bandidops nas armas. "Ah, atirou com a intenção de matar. É lógico que atirou com intenção de matar, porra. Ele tá com o fuzil na mão! É pra fazer carinho?"
Noutro trecho, Bolsonaro aparece rebatendo a pecha de que cultivaria um preconceito racial. "Racista é o caralho, porra!" Mais adiante, aparece desqualificando defensores do ensino sobre sexo nas escolas. "Isso é covardia com as crianças. Quer queimar a rosca vai queimar, porra. (…) Vai se foder, porra." Em discussão com outro interlocutor, Bolsonaro aconselhou-o a "queimar sua rosquinha onde bem entender."
Dentro de poucas horas, o autor dos comentários vestirá a faixa de presidente da República.
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