Bolsonaro, quem diria, virou difusor de fake news
No intervalo de menos de 24 horas, Jair Bolsonaro promoveu um banzé na área econômica do seu governo. Na manhã desta sexta-feira, anunciou aos repórteres a elevação de alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) e uma redução na carga do Imposto de Renda (IR). Foi desmentido horas depois pelo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra —nem o IOF vai subir nem o IR vai descer.
Na véspera, Bolsonaro revelara, em entrevista ao SBT, que seu governo vai propor ao Congresso idade mínima para a aposentadoria de 62 anos para homens e 57 anos para mulheres. Em privado, integrantes da equipe econômica informam que a proposta que o ministro Paulo Guedes levará ao Planalto na próxima semana anota coisa diferente.
Quando um governo precisa desmentir o presidente da República, a coisa vai mal. Quando isso ocorre horas depois da primeira reunião de um presidente recém-empossado com seus ministros, é sinal de que certos males vêm para pior.
O novo governo vive em dois mundos. No oficial, o presidente e seus auxiliares, por afinados, não discutem. No paralelo, eles nem se falam. Quando conversam, o capitão e sua tropa parecem se desentender falando o mesmo idioma.
O resultado é trágico. De tanto enxergar pseudo-falsidades no noticiário, Bolsonaro tornou-se, quem diria, um presidente difusor de fake news. Num esforço para tentar contornar o estrago, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) convocou, veja você, a imprensa. Prestou esclarecimentos. Declarou que houve um "equívoco" do presidente.
Suprema ironia: Bolsonaro vai descobrindo, da pior maneira, que também está sujeito à condição humana.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.