Bolsonaro fala em Davos como caixeiro-viajante
Ao chegar a Davos, Jair Bolsonaro trocou um dedo de prosa com os repórteres. Falou sobre o discurso que fará nesta terça-feira na abertura do Fórum Econômico Mundial. Despiu-se, por assim dizer, da condição de presidente. Adotou um timbre de caixeiro-viajante.
"Farei discurso curto, objetivo e claro", antecipou Bolsonaro. "Vamos dar o recado mais amplo possível de um novo Brasil que se apresenta com a nossa chegada ao poder." Um país empenhado em azeitar as coisas para que os "negócios voltem a florescer".
No mostruário de Bolsonaro, o agronegócio ganhou posição de destaque: "É a nossa commodity mais cara, queremos ampliar esse tipo de comércio."
As privatizações serão apenas insinuadas, sem a exposição das oportunidades que irão oportunamente à vitrine. As logomarcas serão anunciadas mais tarde pelo ministro Paulo Guedes, "a partir do momento em que tiver certeza de que faremos boas privatizações", disse Bolsonaro.
Ficou entendido que, em sua primeira viagem internacional, o capitão foi ao estrangeiro a negócios. Bom, muito bom, excelente. Resta saber se o representante comercial do Brasil conseguirá entregar as mercadorias que oferece em Davos. Coisas como estabilidade política, segurança jurídica, equilíbrio fiscal e reformas econômicas.
"Nós queremos mostrar (…) que o Brasil está tomando medidas para que o mundo restabeleça confiança em nós", declarou o caixeiro-viajante. Agora só falta compreender que o restabelecimento da confiança exige algo além de gogó.
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