Congresso exibe sua crise de nitidez nas redes
A Câmara concluiu a votação da medida provisória que deu novo formato ao ministério de Jair Bolsonaro. Para o deputado Eduardo Bolsonaro, filho Zero Três do presidente, o governo sofreu "uma derrota com gosto de vitória", pois o Coaf foi retirado das mãos de Sergio Moro numa votação apertada: 228 a 210. Ou seja: o centrão emagreceu.
Líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann avalia que não houve uma derrota, pois o Coaf foi para as mãos "eficientes" do Posto Ipiranga Paulo Guedes. Em café da manhã com jornalistas, Jair Bolsonaro disse que houve um empate: 1 X 1. Nessa versão, o governo não teve tudo o que desejava, mas salvou o essencial. Derrota com gosto de êxito, vitória magra ou empate? Ah, que saudade daquele tempo em que a política era mais simples.
Havia no Congresso a ala do governo e a banda da oposição. Contados os votos, identificavam-se instantaneamente os perdedores e os ganhadores. Hoje, o governo se opõe a si mesmo. A oposição virou um adereço. E há no plenário um elemento novo. Chama-se redes sociais. As sessões legislativas viraram grandes lives, com vários parlamentares transmitindo ao vivo o derretimento do Legislativo.
O Congresso vive uma crise de nitidez. A oposição é massa de manobra do centrão. E vice-versa. O PSL, partido do presidente briga consigo mesmo. Expostos na vitrine da internet traidores podem mudar de rota em pleno voo. O lema de Jair Bolsonaro é "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos." Mas no momento o Brasil continua na descendente. E quem controla a política é o Tinhoso. Num ambiente assim, é difícil encontrar um ganhador. Mas uma coisa é certa: o perdedor é você.
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