Câmara força governador a levar a cara à vitrine
Em política, quem acredita piamente depois não pode piar. Os governadores comprometeram-se a ajudar na aprovação da reforma da Previdência se a Câmara mantivesse na proposta os servidores estaduais e municipais. Os deputados acreditaram apenas até certo ponto. O ponto de interrogação. Na dúvida, optou-se por excluir estados e municípios. No dia da votação em plenário, haverá à disposição uma emenda que restabelece o texto original. Para aprová-la, os governadores terão de suar a camisa.
Os deputados trazem na memória a reforma trabalhista de Michel Temer. Muitos dos que votaram a favor não se reelegeram. Entre eles o tucano Rogério Marinho. Relator da emenda que mexeu com a CLT, Marinho foi barrado nas urnas de 2018 pelo eleitorado do Rio Grande do Norte. Hoje, dá expediente na assessoria do ministro Paulo Guedes (Economia), como secretário especial de Previdência e Trabalho.
É por conta de exemplos como o de Marinho que os deputados comportam-se como São Tomé. Querem ver para se certificar de que acertaram ao não crer. Não admitem arcar sozinhos com o ônus eleitoral de estender a reforma previdenciária da União para estados e municípios. Nos próximos dias, os governadores que quiserem fechar o buraco previdenciário que infelicita suas administrações terão de converter o interesse em votos.
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