Chega ao Planalto um novo alvo para Carluxo
O país assistirá a partir desta quinta-feira a uma experiência inusitada: um general da ativa, Luiz Eduardo Ramos, assume integralmente a coordenação política do governo. Despediu-se do Comando Militar do Sudeste, sediado em São Paulo, para assumir o posto de ministro-chefe da Secretaria de Governo, no Planalto. Na despedida da caserna, discursou em timbre otimista: "Alçaremos voos juntos e nos lançaremos nesse salto gigante rumo ao futuro mais promissor do Brasil", disse o general, dirigindo-se ao amigo Bolsonaro.
Santos Cruz, o antecessor de Ramos na função, tem algo em comum com o novo ministro. Também é general, só que da reserva. Também cuidou da articulação com o Congresso, mas atuava como linha auxiliar de um político: Onyx Lorenzoni, agora escanteado. Também projetava construir um país melhor ao lado de um amigo. Hoje, Santos Cruz é um ex-amigo do presidente da República.
O general Ramos não é um neófito em política. Atuou no Congresso por dois anos como assessor parlamentar do Exército. Nesse posto, buscava aliados para desarmar projetos contrários aos interesses dos militares. Agora, responde ao comando de um presidente que segue a lógica do confronto. Bolsonaro não procura aliados, seleciona súditos e elege inimigos.
O novo articulador político do Planalto apresentou suas credenciais: "Sei que sou um general impetuoso e agoniado, mas assim sou e não mudarei." Talvez devesse refletir melhor. Segundo o manual de frituras de Carlos Bolsonaro, o filho 'Zero Dois' do presidente, das várias maneiras para se atingir o desastre num ministério palaciano a patente de general é a mais inusitada, a impetuosidade é a mais rápida e a agonia é a mais torturante.
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