Eficiência do Coaf vira um estorvo para Bolsonaro
Jair Bolsonaro decidiu transferir o Coaf para o Banco Central. Há uma penca de argumentos técnicos para justificar a decisão. Entre eles o de que o providência seria acompanhada de um projeto para assegurar a independência do Banco Central. Há também uma justificativa política. "O que nós pretendemos é tirar o Coaf do jogo político", disse Bolsonaro. Quem não quiser fazer papel de bobo deve desconfiar de todo esse lero-lero.
O excesso de escândalos tornou o Coaf conhecido dos brasileiros. Mesmo quem não sabe o significado da sigla sabe que o órgão serve para farejar movimentações bancárias suspeitas. O Coaf foi vital no desbaratamento de escândalos como o mensalão e o petrolão.
Até outro dia, Bolsonaro pegava em lanças no Congresso para transferir o Coaf da Economia para o Ministério da Justiça. Alegava-se que Sergio Moro aparelharia o órgão, tornando-o ainda mais eficiente. O centrão não deixou. Mas o problema é que, antes mesmo da chegada de Moro, a eficiência do Coaf se manifestou no esquadrinhamento da movimentação bancária de Flávio Bolsonaro, o filho do presidente, e seu faz-tudo Fabrício Queiroz.
Asfixiado por uma investigação que corre no Rio de Janeiro, Flávio recorreu ao Supremo. E obteve do presidente da Corte, Dias Toffoli, liminar que sustou não apenas o seu caso, mas todos os processos fornidos com dados provenientes de órgãos como o Coaf e Receita Federal. Contra um pano de fundo assim, qualquer justificativa oficial será sinônimo de conversa fiada. O que se deseja é travar o Coaf
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