Ironia e absurdo marcam o cotidiano do Senado
A situação do Senado está crivada de ironias e absurdos. Num instante em que o país tenta sair do abismo, o adiamento da votação de uma já tão decantada reforma da Previdência é impensável. A presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no topo da articulação que provocou o adiamento torna a encrenca intolerável.
Quando se verifica que a protelação decorre de uma reação corporativa contra o avanço de investigações que envolvem um senador acusado de corrupção, a coisa ganha ares de inacreditável. O caso se torna inaceitável quando se constata que o senador encrencado, Fernando Bezerra, é líder de Jair Bolsonaro, o presidente que supostamente deseja ver aprovada a reforma previdenciária.
O impensável, o intolerável, o inacreditável e o inaceitável viram piada quando se recorda que a corrupção que está sob investigação foi praticada na época em que o líder de Bolsonaro era ministro do governo de Dilma Rousseff. E o presidente do "novo Brasil" declara que, por ora, não cogita destituir da liderança do seu governo o investigado vinculado à velha administração. Alega que precisa de "algo mais concreto" sobre o que o personagem fez no verão passado. A esse ponto chegamos.
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