Barroso: ‘Garantistas se apaixonaram por prova ilícita’
Contrário à utilização das mensagens roubadas de celulares de procuradores de Curitiba como prova judicial, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, disse ao blog: "É muito impressionante como os garantistas à brasileira se apaixonaram pela prova ilícita, produto de crime." Segundo Barroso "a Constituição expressamente proíbe a utilização de provas ilícitas em processo de qualquer natureza. Utilizá-las para perseguir pessoas é inaceitável."
Barroso acrescentou: "Não é fácil nem simples a tarefa de fazer com que o Brasil deixe de ser o país em que o crime compensa, os bandidos perseguem os mocinhos e o mal vence no final. Mas essa é a missão da nossa geração. Às vezes parece que somos minoria, mas a história está do nosso lado."
O blog procurou o ministro para ouvi-lo sobre os questionamentos à Lava Jato, agravados pela divulgação das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores, especialmente Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa de Curitiba. Barroso recusou-se a comentar a posição de colegas do tribunal. Preferiu expressar o que chamou de "posição técnica". Evocou o artigo 5º, inciso LVI da Constituição para embasar seu ponto de vista. Diz o seguinte: "São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos".
Reportagem da Folha informou que o Supremo acionará a Procuradoria-Geral da República, por intermédio do ministro Gilmar Mendes, para requerer a verificação da autenticidade das mensagens roubadas dos celulares de procuradores de Curitiba. A ideia é utilizar o material para rever processos referentes à Lava Jato e abrir procedimentos contra os agentes públicos responsáveis pela operação.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.