Weintraub insinua que Ambev investe em política
Eclético, o ministro Abraham Weintraub (Educação) interessou-se por dois temas alheios à agenda de sua pasta: o comércio de bebidas e o avanço de grupos de formação política que operam à margem dos partidos. Em tom acusatório, o ministro insinuou que a Ambev financia grupos políticos.
Weintraub reituitou notícia sobre denúncia encaminhada por distribuidoras de bebida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Nela, a Ambev é acusada de adotar práticas supostamente "anticompetitivas". Sem nenhuma prova, o ministro enganchou na acusação sua ilação tóxica:
"Monopólios, oligopólios e 'campeões nacionais…", escreveu Weintraub. "Quem é o 'dono' da Ambev? Quem está financiando nomes e movimentos 'Novos' na política? Coincidências…".
Na sequência, Weintraub compartilhou com seus seguidores uma segunda reportagem. O tema da notícia é a formação de agentes políticos por grupos como o Renova BR. O empresário Jorge Paulo Lemann, sócio da Ambev, é mencionado como patrono da iniciativa. A notícia realça que o sonho de Lemann é ver um dos novos políticos chegar ao Planalto. Algo que parece perturbar o ministro.
Embora Weintraub não tenha citado, chama-se Tábata Amaral uma das estrelas do Renova BR. Graduou-se em Harvard, uma das mais prestigiosas usinas de canudos do mundo, nas áreas de ciência política e astrofísica. Elegeu-se deputada federal pelo PDT de São Paulo. Guindou a Educação à condição de prioridade.
No momento, Tábata dedica-se a fiscalizar as inconsistências do governo Bolsonaro no setor educacional. Não há de faltar matéria-prima, pois o ministro parece mais interessado no mercado de bebidas e no uso que o milionário Lemann faz da sua fortuna do que nas debilidades de sua pasta.
– Atualização feita às 20h27 desta terça-feira (19/10): A assessoria de Jorge Paulo Lemann entrou em contato com o blog para informar que ele não patrocina o Renova BR. Algo que já foi reconhecido pelo próprio movimento.
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