Eduardo iguala união gay com amor por cachorro
Em visita a Israel, o deputado Eduardo Bolsonaro concedeu entrevista a uma emissora de TV. Nela, desenvolveu um raciocínio inusitado para dizer o que pensa sobre a comunidade LGBT. Comparou o amor entre pessoas do mesmo sexo ao amor que nutre por seu cachorro.
O entrevistador recordou frases de Jair Bolsonaro. Lembrou que em 2011 o agora presidente do Brasil dissera que preferia ter filho morto num acidente de carro a ter um filho gay. Dois anos depois, acrescentou o repórter, Bolsonaro afirmou ter orgulho de ser homofóbico. Sobreveio a pergunta: "O senhor tem a mesma opinião sobre a comunidade LGBT?
Sobre o comentário de 2011, Eduardo declarou: "…O próprio presidente Jair Bolsonaro já disse que não é bem assim. Tenho certeza, conhecendo meu pai, que, se eu fosse gay, ele jamais faria algo assim comigo, com certeza." O entrevistador insistiu: "Qual é a sua opinião sobre a comunidade LGBT?"
"Não me importo", disse Eduardo Bolsonaro, antes de injetar na conversa sua teoria canina. "Se você diz que só é preciso amor para ser uma família, você vai dizer que eu e meu cachorro —eu amo meu cachorro— somos uma família. Entende? Você abre a porta para muitas coisas."
Eduardo Bolsonaro reproduziu um trecho da entrevista nas redes sociais (veja abaixo). No pedaço que se refere aos gays, incluiu apenas o "não me importo". Na mesma entrevista, o Zero Três ressuscitou uma polêmica que parecia morta.
Indagado sobre a promessa do seu pai de transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, ele respondeu: "Temos que ser muito responsáveis com esse procedimento. Eu costumo dizer que, se nós temos uma só bala, não podemos perder o alvo. Ano que vem, talvez vejamos toda a embaixada mudar para Jerusalém."
O repórter surpreendeu-se: "Então, a embaixada será transferida ano que vem?" Diante da reiteração da pergunta, o Zero Três deu uma resposta que pode representar qualquer coisa, inclusive nada: "Não posso dizer isso, mas eu realmente espero que isso aconteça".
O barulhinho que se ouve ao fundo é a fervura do cérebro da ministra Tereza Cristina (Agricultura). Ela imaginava que estivesse encerrado o lero-lero que irrita os países árabes e muçulmanos, grandes importadores de carne bovina e de frango produzidos no Brasil.
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