Pedido o habeas corpus para Cachoeira no STJ
Josias de Souza
09/04/2012 15h55
Cachoeira foi conduzido ao cárcere pela Polícia Federal, uma corporação que, sob Lula, estava submetida a Thomaz Bastos. Acusa-o, entre muitas outras coisas, de explorar jogos ilegais e transportar delegados e policiais no bolso do colete.
O defensor ilustre de Cachoeira já havia tentado livrá-lo da cana numa petição dirigida ao TRF-1. O tribunal indeferiu o pedido. Daí o novo habeas corpus, agora dirigido ao STJ.
Thomaz Bastos alega que sete membros da quadrilha já ganharam o meio-fio. Pede isonomia a Cachoeira. Queixa-se também da distância da hospedaria, o presídio federal de Mossoró (RN).
Como ministro, o doutor esgrimia a tese segundo a qual bandido bom é bandido preso longe de sua base de ação. Como advogado, preocupa-se com os prejuízos que a distância causa às relações familiares de Cachoeira.
Se o STJ negar o pedido de relaxamento da prisão de Cachoeira, Thomaz Bastos deve requerer a transferência dele para uma cadeia mais próxima de Goiás, onde moram a família e o crime.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.