Em SP, Serra ligou mensalão ao 'estilo’ do PT; em Brasília, Lewandowski condenou Valdemar
Josias de Souza
24/09/2012 20h29
Foi o que sucedeu nesta segunda (24). Em palestra na Associação Comercial de São Paulo, Serra defendeu a conversão do mensalão em tema eleitoral. "O debate envolve também estilos de trabalho", disse o candidato tucano.
"O mensalão mexe com isso: qual o estilo de governar e o que se vai fazer. É o patrimonialismo, é tratar o que é público como se fosse privado. O PT levou isso à exacerbação. Nesse sentido, o PT é a vanguarda do atraso."
Enquanto Serra falava em São Paulo, o ministro Ricardo Lewandowski lia em Brasília o pedaço do seu voto que trata dos políticos que levaram a mão à cumbuca do mensalão. Ao analisar o caso de Valdemar, ecoou o relator Joaquim Barbosa, condenando-o por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Quem compara as duas cenas fica com a incômoda impressão de que, na política, nada se cria, nada se transforma, tudo se corrompe.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.