Collor paga jardineiro com dinheiro do Senado
Josias de Souza
13/10/2012 05h57
Deve-se a revelação ao repórter Andrei Meirelles. A tróica de servidores dá expediente na Casa da Dinda, em cujos jardins foi enterrada parte da dinheirama espúria de PC Farias, o coletor das arcas espúrias varejadas no Collorgate. O jardineiro trabalha na sede. As arquivistas, num 'centro de memória' instalado defronte.
Procurado, o gabinete de Collor manifestou-se por meio de nota. Alegou que os três servidores são "assistentes parlamentares", desempenhando "atividades de apoio que lhes são determinadas". O Senado informou que é de "responsabilidade de cada gabinete a definição das atividades desenvolvidas pelos seus servidores". Então, tá! Ficamos assim. Lavrem-se as atas. E não se fala mais nisso.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.