Servidores contratados a partir de fevereiro de 2013 já terão de aderir a fundo de previdência
Josias de Souza
24/10/2012 03h06
A ministra Miriam Belchior (Planejamento) informou que os funcionários contratados a partir de fevereiro de 2013 terão de aderir ao fundo que será gerido pela Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal). Do contrário, receberão ao se aposentar o teto máximo do INSS para os trabalhadores da iniciativa privada –hoje fixado em R$ 3.912 mensais.
A nova regra vale para o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Os servidores já contratados terão a opção de aderir ao Funpresp. Para os novos, a adesão será a única alternativa para fugir das limitações do INSS. Regulamentado no mês passado, o Funpresp visa reduzir o déficit da Previdência.
Cada poder tem a prerrogativa de criar o seu próprio fundo. Nesta terça (23), Miriam esteve com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Negocia-se a inclusão do Legislativo no Funpresp do Executivo. Algo que permitiria melhorar a rentabilidade do fundo, já que há no Legislativo apenas 8 mil funcionários em condições de aderir à novidade, ao passo que no Executivo há 480 mil.
Pretende-se unificar num único fundo de previdência complementar os servidores do governo federal, da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público da União. O Judiciário planeja gerir o seu fundo de forma autônoma, sem misturar suas contas com os outros Poderes.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.