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Sobre apagões, postes e a iluminação de Lula

Josias de Souza

27/10/2012 03h53

Em cima de um palanque, o discurso de Lula é tão provocador quanto sinal de tráfego amarelo. Às vezes, o raciocínio do puxador de votos do PT parece viajar na velocidade da luz. Em seus últimos comícios, Lula saiu-se com uma tirada que soou iluminada.

"Quando eu lancei o Haddad, disseram que eu tava lançando um poste. Quando eu lancei a Dilma, era um poste. De poste em poste nós vamos iluminar o Brasil inteiro", disse e repetiu.

Decorridos poucos dias, o Brasil experimentou um novo apagão. O terceiro em 34 dias. Dessa vez, foram desligados da tomada 11 Estados. Tudo isso sob a presidência da ex-poste Dilma, eletrificada em 2003 na pasta de Minas e Energia.

Moral: O cérebro de Lula, assim como a luz, percorre 299.792.458 metros por segundo. Exceto, obviamente, no escuro.

Moral dois: Nem tudo que reluz é ouro.

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Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.


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