Taques defende Gurgel: ‘vingança e intimidação’
Josias de Souza
14/02/2013 02h55
Excetuando-se Fernando Collor (PTB-AL), nenhum outro senador assumiu explicitamente a adesão à cruzada anti-Gurgel. Por ora, falam longe dos refletores. "É tudo na base do mexerico, da fofoca", disse Taques ao repórter. "Anonimamente, dizem que vão pegar o procurador-geral. Como não acredito em mula sem cabeça, tenho de considerar a hipótese de essa mula ter cabeça."
Para Taques, tenta-se converter Gurgel de "acusador em acusado" para inibi-lo no cumprimento do seu dever de representar contra parlamentares. Como fez no caso dos "quadrilheiros corruptos" do mensalão e na denúncia contra Renan, protocolada no STF uma semana antes da sucessão no Senado.
Taques discursou para um plenário quase ermo. Ouviram-no nesta Quarta-Feira de Cinzas escassos três colegas: Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que presidia a sessão; Paulo Paim (PT-RS); e Anibal Diniz (PT-AC). De resto, foi escutado pelas poltronas e pela audiência da tevê e da rádio Senado.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
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