Câmara aprova extinção do 14º e do 15º salário
Josias de Souza
27/02/2013 18h57
Os salários extras são apelidados de ajuda de custo. Na origem, alegava-se que serviam para que os parlamentares fizessem suas mudanças. No início da legislatura, mudava-se para a capital -na época, o Rio de Janeiro. No final, retornava-se para o Estado de origem. Como ninguém muda todos anos, decidiu-se manter os pagamentos apenas no primeiro e no último ano de cada mandato. Ou seja: os felizardos receberão um salário extra ao chegar, no primeiro ano do mandato; e outro ao sair, no derradeiro ano.
De resto, é preciso dizer o seguinte: antes de acabar parcialmente com o inacreditável, os deputados beliscaram o inadmissível uma última vez. O 14º de 2013 desceu à conta bancária dos beneficiários no dia 10 de feveveiro. O repórter soube que o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) devolveu o dinheiro à Viúva.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.